terça-feira, 11 de setembro de 2007

Iniciativa ecológica da HP Brasil vai ser estendida a outros países

Companhia substitui calço de impressoras e multifuncionais por mistura que inclui polpa e celulaose, fibra de côco e cana-de-açúcar.


A HP Brasil pode inspirar os demais países em que a companhia americana atua na substituição dos calços de impressoras e multifuncionais que hoje utilizam isopor, material de difícil decomposição no meio ambiente.


A subsidiária brasileira desenvolveu um modelo de embalagem composto de polpa de celulose, fibra de côco e cana-de-açúcar que, além de não ter os inconvenientes ambientais do isopor, é feito dos resíduos dos próprios testes de impressão da companhia.

Como a HP produz cerca de 1 milhão de impressoras e multifuncionais por trimestre no Brasil, ou cerca de 4 milhões por ano, além do benefício ao meio ambiente ela conseguiu gerar a criação de três companhias que hoje produzem as embalagens 'ecológicas'.

"Como a HP é uma companhia muito grande, toda iniciativa que ela adota tem um efeito multiplicador muito amplo", explica Kami Saidi, diretor de operações da HP para o Mercosul que também dirige o Green Team da companhia na região.

Mas Saidi tem projetos ainda mais ambiciosos na área de meio ambiente. Hoje, a HP Brasil dispõe de programas de coleta de bateriais e periféricos para reciclagem, mas os equipamentos prontos - como as próprias impressoras - que retornam do usuário em uma troca, hoje ficam a cargo dos varejistas, algo sobre o qual a fabricante não tem controle, já que não vende diretamente ao usuário final.

A idéia de Saidi é criar "o mais avançado projeto de reciclagem do setor eletroeletrônico", em um processo que envolva uma ampla rede de logística reversa para recolher produtos de todos os tipos e de todas as marcas e, assim, evitar a sua deposição de forma inadequada no meio ambiente.

Segundo o executivo, "será um processo totalmente automatizado de reciclagem e reintegração das partes do equipamento à cadeia produtiva". Ele espera que em cerca de um ano consiga executar a idéia, que envolveria parceria com outras companhias da área de TI.

Para acelerar a coleta de suprimentos, pilhas e baterias, a campanhia adotou as etiquetas inteligentes (RFID) para que, assim que um cliente leve uma impressora antiga para aproveitar uma promoção na compra de uma nova, a etiqueta dispare um aviso para a central de coleta que, assim, pode otimizar seu trajeto e acelerar a busca.

Por Taís Fuoco, do COMPUTERWORLD

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